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Rota da Judiaria

Covilhã Sefardita

Esta é uma história única que pode visitar, a história dos últimos judeus secretos sefarditas.
Sabe-se que desde o final do império romano existiam, naquele que viria a ser o território português, comunidades judaicas, em bairros judeus no interior das povoações, as judiarias.

A comunidade judaica da Covilhã foi desde o século XII e até inícios do século XX, a maior e mais importante da Região da Serra da Estrela e uma das mais fortes de Portugal.
A comunidade desta região dedicava-se fundamentalmente ao comércio e ao artesanato, mas também às atividades agrícolas, tendo sido sobretudo os impulsionadores da indústria dos lanifícios.

Na cidade existiam, no final do século XV, pelo menos dois núcleos hebraicos. Um (o mais antigo) intramuralhas, junto às Portas do Sol; o segundo, na parte exterior das mesmas, confinando com elas próximo das portas da vila envolvendo a área que abarca a Rua do Ginásio e a Rua das Flores.
Esta última caracteriza-se pela existência de vias estreitas, sem ordenamento e com espaços públicos exíguos. Os imóveis são estreitos nas fachadas e altos, ao sabor de gostos pessoais e com acrescentos apendiculares.
Apresentando na generalidade as fachadas com características arquitetónicas judaicas, como uma porta grande e uma porta pequena, janelas desenquadradas, portas chanfradas ou ombreiras.

Neste ultimo núcleo, atribuído tradicionalmente à comunidade judaica, salientam-se três habitações com janelas manuelinas, decoradas com motivos náuticos, duas na Rua das Flores e uma na Rua do Ginásio Clube.

Para além das áreas habitacionais ressaltam os estabelecimentos fabris, fundados por empresários cristãos novos salientando-se entre eles:
– Real Fábrica dos Panos
– Fábrica Campos Melo
– Fábrica Velha

Uma destas Janelas Manuelinas foi restaurada e recuperada pela Autarquia e encontra-se na parte de trás da Câmara Municipal da Covilhã.